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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Perguntas aos profissionais da música

Amigos, estou desenhando uma proposta para investimento de algumas entidades na música do Estado do Rio e, para que este projeto tenha o respaldo do público-alvo ao qual é destinado, preciso que vocês (músicos, produtores, compositores, intérpretes, jornalistas etc.) manifestem suas opiniões respondendo, no espaço para comentários, a quatro perguntinhas rápidas. Agradeço a colaboração de todos e peço para que vocês chamem outros interessados para virem aqui dar suas contribuições até a manhã de sexta-feira.

Perguntas:


1. O que falta aos músicos, produtores e demais profissionais do segmento musical para exercerem sua atividade e serem remunerados por isso?


2. Na sua opinião, quais ações podem gerar sustentabilidade para a atividade profissional no segmento musical?


3. Como a internet pode contribuir e gerar benefícios para o segmento musical?


4. Se você tivesse 1 milhão de reais para aquecer a cadeia produtiva da música do Estado do Rio de Janeiro, onde você investiria?

19 comentários:

Anônimo disse...

Vamos lá (respondo enquanto produtora):

1. Capacitação em áreas como, planejamento estratégico, gestão, marketing, comunicação e finanças para obterem reconhecimento de suas responsabilidades e, assim, terem suas remunerações validadas no mercado.
2. União do segmento a fim de buscar o reconhecimento das atividades enquanto profissões sérias. Redes de cooperação. Capacitações.
3. Gerando novas possibilidades de negócios, motivando a circulação de informações e aproximando pessoas.
4. Especialmente na capacitação de profissionais e em fundos de investimento para a cadeia, voltado a micro e pequenos negócios, fomentando o trabalho em rede também.

Rapidamente, é algo por aí!

Drama disse...

1. O que falta aos músicos, produtores e demais profissionais do segmento musical para exercerem sua atividade e serem remunerados por isso?

Informação sobre fontes de renda (como direitos autorais, captação de recursos,...) e a informalidade da área musical, desde a falta da carteira da OMB para um musico (que alias, sou do time que torce pelo fim da OMB) até a falta de um CNPJ para uma produtora.


2. Na sua opinião, quais ações podem gerar sustentabilidade para a atividade profissional no segmento musical?

Musicos/compositores filiando-se a editoras/sociedades arrecadadoras, para não mais ter seu trabalho executado de graça quando muitos ganham dinheiro em cima disso. Produtores de eventos mais capacitados em negociação com investidores/patrocinadores e apoiadores para poder ter seu lucro sem criar um negócio de risco com seu evento e fundalmentalmente, pagar ao músico o valor justo do cachê.


3. Como a internet pode contribuir e gerar benefícios para o segmento musical?

Mídia de divulgação gratuita, de fácil acesso e de comercialização livre de burocracia, com liberdade para a informalidade.


4. Se você tivesse 1 milhão de reais para aquecer a cadeia produtiva da música do Estado do Rio de Janeiro, onde você investiria?

Investiria em espaços alternativos onde musica e ações publicitarias trabahassem juntas, pois daria sustentabilidade aos músicos e divulgação aos anunciantes/patrocinadores. Talvez uma rede de espaços, contemplando não só a área nobre do rio como o suburbio e grande rio. Obviamente 1 milhao nao seria suficiente, mas já seria um capital inicial para atrair outros investidores...


É isso. Numa divagação rápida, essas são algumas idéias que tenho sobre os temas.

Abraços!!!

Anônimo disse...

1- Criar, perante o mercado, a sociedade e os próprios músicos, uma consciência coletiva de que música é trabalho e, como toda profissão, requer empenho e capacitação.
2- *Desburocratização das leis de incentivo.
*Criação de um espaço para realização de eventos e de um veículo de comunicação (rádio ou tv),livres de jabás, divulgando os artistas e gerando receita através de anunciantes.
* Viabilizar patrocínio fora das leis de incentivo.
3- Gerando visibilidade, parcerias, possibilidades de negócio e receita por meio de anunciantes.
4- Conforme exposto acima, investiria na Criação, de um espaço para realização de eventos e de um veículo de comunicação (rádio ou tv),livres de jabás, divulgando os artistas e gerando receita através de anunciantes.

Anônimo disse...

1. Um real profissionalismo dos músicos, produtores e do segmento musical como um todo, assim como a auto-valorização destes mesmos; empreendorismo é a palvra chave.

2. Músicos em busca da profissionalização e empreendorismo + produtores capacitados e com formação profissional + donos de casas de show engajados e abertos ao debate + apoio público e privado = Sucesso da Cadeia Produtiva da Música.

3. Gerando visibilidade, troca de infomações e contatos, formação de receita através de anúncios, assim como novas possibilidades de negócios e parcerias.

4. Com certeza investiria nos veículos de comunicação de massa: Primordialmente a criação de uma rádio e talvez pelo menos um programa de tv que desse visibilidade a toda cadeia produtiva da música, obviamente sem necessidade de jabá para tal; o 'jogo' só vai mudar ao nosso favor quando atingimos a massa!

Anônimo disse...

1. Políticas Públicas que permitam a diversificação da oferta do produto musical;
2. Inserção da música como matéria obrigatória nos currículos escolares (já feito); Criação e manutenção de espaços públicos capacitados para apresentação de espetáculos; Mais incentivos fiscais para pessoas físicas e jurídicas e menos burocracia para o acesso aos mesmos;
3. A internet já vem se mostrando uma grande aliada na divulgação de novos trabalhos.
4. Investiria na abertura de espaços para apresentações de música independente e em divulgação adequada.

Paulo Rego

Unknown disse...

1. Profissionalização! Há muito amadorismo no segmento...

2. Desburocratizção para micro-empresas (selos, produtoras, etc), informação e capacitação de produtores, músicos e outros atores da cadeia produtiva, políticas públicas de incentivo aos lugares que mantenham programação musical autoral, criação de um banco de dados de possíveis consumidores dos produtos musicais.

3. Sendo bem utilizada, a internet pode ser uma aliada na divulgação dos produtos musicais, mas é preciso um trabalho segmentado para atingir o público de cada caso especifico.

4. Em meios de dvulgação alternativos (rádios, tvs, jornais) e em eventos em praças públicas que atingem a grande massa.

Gustavo L. disse...

1. O estereótipo é muito perigoso porque se baseia num preconceito, ou num pré-conceito. Mas acredito na teoria dos quatro tipos que explica um pouco o comportamento dos personagens na cadeia dos shows, que é a que eu mais conheço.

Existem quatro tipos de artistas. Artistas com o público formado, artistas que estão desenvolvendo seu público, artistas que dividem os riscos com a produção (que aceitam porcentagem de bilheteria ou que batalham a venda de ingressos) e artistas que não dividem os riscos de jeito nenhum.

O mesmo se aplica as casas de show. Existem casas com público próprio. Existem casas que
estão desenvolvendo o seu público ainda. Existem casas que dividem o risco e o lucro com os produtores e casas que não dividem risco com os produtores cobrando um mínimo pelo espaço.

Existem quatro tipos de produtores também. Os que tem tudo: lei de incentivo, patrocinio, apoio e dinheiro próprio para viabilizar uma produção. Existe o produtor com verba própria que vai correr o risco sozinho. Existem os que não tem grana nem lei de incentivo, mas que tem apoios. E existem os produtores que só tem os riscos.

Também existem quatro tipos de consumidores. Existem os consumidores que são personagens da cadeia produtiva, que tem a noção de que é a grana que faz girar o negócio como um todo e que fazem questão de ser consumidores. Existem os consumidores que são
personagens da cadeia, que deveriam ter a noção de que é a grana que faz girar qualquer
negócio e que mesmo assim não aparecem com frequencia em eventos. Existem consumidores que não são personagens da cadeia mas que tem seus motivos para
comparecer aos shows e gastarem dinheiro. E existem aqueles que não tem motivo nem dinheiro para consumir um show.

O que falta? Se a gente se basear no texto acima temos dezesseis tipos de necessidades e ações diferentes. Temos que identificar em que nível de conhecimento do mercado e de contatos que cada elemento da cadeia se encontra.

2. Tudo que envolver a formação do músico como empreeendedor. Tudo que envolver conhecimento e relacionamento. Sem conhecimento você não sabe avaliar as oportunidades. Sem uma rede relacionamentos você não tem acesso as oportunidades.

3. Acesso a informação, formação de cultura empreendedora para os músicos, divulgação de projetos, divulgação de oportunidades, criação de redes de debates virtuais, formação de grupos de estudos virtuais, facilitar a comunicação entre membros de uma associação etc...

4. A idéia de usar o R$1 milhão estendendo as redes para o interior do estado também pode ser uma forma de promover a formação empreendedora de mais elementos dentro da cadeia do Estado, de colocar esses personagens da cadeia em contato, de criar oportunidades para a Rede e para os elementos da Rede. Acho uma idéia fantástica.

Gustavo Leão.

Cleber Lucio disse...

1. O que falta aos músicos, produtores e demais profissionais do segmento musical para exercerem sua atividade e serem remunerados por isso?

RESPOSTA:
Público pagante. Mas o público pagante é atraído pela mídia ("a propaganda é a alma do negócio"). Então, falta mídia. Mas mídia custa dinheiro. Então, falta dinheiro. Mas o dinheiro vem do público pagante ...

O que falta, principalmente para os músicos, é se fazerem conhecidos pelo seu público-alvo. Quando isso acontece, há geração de renda para todos os profissionais do segmento musical.


2. Na sua opinião, quais ações podem gerar sustentabilidade para a atividade profissional no segmento musical?

RESPOSTA:
Os dois meios de comunicação com maior alcance de público pagante são: o rádio e a televisão. Ambos são concessões do Governo a empresários, com a objetivo de que sejam fomentados o livre acesso à informação e à cultura (?). Então, o Governo deveria criar um mecanismo de acesso gratuito dos artistas a estes veículos de comunicação, para que estes divulguem seus trabalhos e manifestações culturais, de preferência, no horário nobre que hoje é dominado pelo que se convencionou denominar "jabá".


3. Como a internet pode contribuir e gerar benefícios para o segmento musical?

RESPOSTA:
Conectando o artista ao seu público em potencial de forma direta, sem intermediários.


4. Se você tivesse 1 milhão de reais para aquecer a cadeia produtiva da música do Estado do Rio de Janeiro, onde você investiria?

RESPOSTA:
Em mídia. De preferência, áudio-visual.

Unknown disse...

1- Certamente quanto mais capacitação, maior a possibilidade de conseguir um espaço no mercado.

2- Baixar o preços dos cd.s e downloads e paralelamente uma campanha (inteligente !) contra a pirataria.

3- A música, como qualquer arquivo digital, é significativamente mais barata de ser distribuida pela internet (incluindo aí os celulares). É uma questão de se conseguir chegar à preços de venda baratos (compatíveis com a renda disponível da grande maioria dos consumidores), uma maneira prática e segura de se pagar pequenos valores pela internet,e uma campanha contra a pirataria na internet.

4- Investiria numa plataforma de divulgação e distribuição pela internet.

mochilando disse...

1.
Acho que o fundamental é a seriedade no trabalho. As BANDAS tem que levar a sérios seus ensaios, a gravação do seu material, a criação de um aidentidade visual... assim quando forem se apresentar terão um material de qualidade para os PRODUTORES garantam a qualidade do evento, que por sua vez eles tem que oferecer um bom suporte de equipamento aos músicos, divulgação (o que nunca acontece), boa estrutura e pelo menos % da bilheteria como remuneração, assim gera incentivo em ambas as partes divulgarem o evento.
Já a CASA DE SHOW, deve oferecer ao produtor uma boa % da bilheteria para que ele consiga dividir isso com as bandas/artistas participantes assim como ajudar na mídia.

No Rio as pessoas cansaram de ter shows ruins, com bandas ruins, locais ruins e sem nenhuma ivulgação... com isso se perdeu o público. Melhorando a qualidade tende a voltar o fomento dos eventos o público volta a frequentar os shows.


2.
O músico ser mais empreendedor. Os produtores se profissionalizarem. Algum tipo de incentivo para os estabelecimentos que apoiarem os eventos independentes

3.
Como o Luiz Pimentel comentou, hoje a internet faz parte da vida de 40 milhoes de Brasileiros, então ela é um dos melhores meios de divulgação/distribuição de material. Fora isso você tem um contato direto do público com as bandas/artistas, o que ajuda numa maior interação e com isso divulgação dos trabalhos!

4.
Em vários setores:
1 - criação (ou restauração)de um Centro Cultural
2 - entrar em alguma rádio FM já existente com programa semanal para divulgação cultural
3 - Para a RRM: criação de um planejamento de mkt envolvendo a fabricação e distribuição do material dos artistas participantes da rede.
4 - Divulgação da RRM para outros Estados, valorizando o RJ com isso.

Overlord Morpheus disse...

1. Falta profissionalização de todos os atores da cadeia produtiva da música, uma tomada de consciência, comportar-se como profissional para assim ser reconhecido; falta também uma união de classe, uma freada na competição para trabalharmos por interesses coletivos.

2. Falta consciência de classe para a categoria, a exemplo dos médicos, professores e outros profissionais liberais. Enquanto não lutarmos juntos pela sustentabilidade, o mercado da música sempre será dominado por aqueles que são só veículos de marketing de grandes marcas, em detrimento daqueles de iniciativa própria (que podem vir a ser patrocinadas pelas grandes marcas, mas não são criações delas). O incentivo do Estado, se for de fato imparcial como deve ser, é um ótimo mecanismo para garantir um mínimo de força para a produção de iniciativa desvinculada, e ajudá-la a superar o valor identitário do mercado, trabalhando na esfera da subjetivação, esta que deve ser o objetivo de uma arte com função além-marketing.

3. De infinitas maneiras; mas é preciso muito cuidado para o artista não se tornar mais um "chato" da internet, com SPAMs e outras formas de divulgação invasiva que, enquanto em nível independente, têm maior potencial para descredenciar o artista do que realmente promovê-lo.

4. Em mais casas de espetáculos com gestão pública e democrática, a exemplo das Lonas Culturais (mas com a gestão mais democrática do que estas)

Anônimo disse...

1-Acho que falta mais oportunidade para as bandas e musicos tocarem ,pois lugares temos, mas parece que as coisas se inverteram , pois aqui no Rio a maioria dos lugares fazem com que as bandas vendam ingressos para poderem tocar ..... em fim ..... temos que ter além da qualidade musical , casas de shows com produtores competentes ao ponto de saberem divulgar bem seu estabelecimento e as atrações do mesmo sem que isso fique totalmente nas costas das bandas !!!!!!!

2-insentivo governamentais e patrocinios de empresas para que haja eventos musicais pela cidade que favoreçam a cena independente.

3-Atravéz da divulgação fácil, e possibilidades de contato direto con o artista, onde ele, o artista, pode comercializar seu produto de forma livre e rápida.

4- entrava como parceiro em algumas casas de shows do Rio para poder viabilizar shows mais acessíveis para as bandas independentes, e no caso da RRM ajudaria na criação de um "selo escola" onde as bandas,Selos, produtores ,jornalistas etc... da rede teriam todo suporte para poder viabilizar seus projetos, mas de uma forma onde todos da rede estariam envolvidos, podendo ter a oportunidade de aprender e aplicar futuramente em outras ocasiões o que foi aprendido.

Adilson Pereira disse...

1. O que falta aos músicos, produtores e demais profissionais do segmento musical para exercerem sua atividade e serem remunerados por isso?

Falta organização por parte destes agentes, falta um comportamento mais empreendedor. E por outro lado faltam incentivo e, também, patrocínios que premiem idéias realmente criativas e diferentes – capazes de formar opinião e transformar o mercado. Falta o poder público ser menos conservador e mais objetivo em suas políticas.

2. Na sua opinião, quais ações podem gerar sustentabilidade para a atividade profissional no segmento musical?

Incentivo a agentes empreendedores, estímulo para a circulação de informação, intercâmbio com outras regiões do país e até mesmo outros países, e uma mudança radical – por parte de produtores e consumidores – na forma como se encara a música: ela (e tudo que está em volta) deve ser vista como “produto”, sim. Sem colocar em xeque o romantismo mas, o que é mais importante, sendo usada como elemento transformador da realidade daqueles que a produzem e a consomem. Tornar o mercado mais plural seria um grande avanço.
A sustentabilidade virá na medida em que grupos organizados conseguirem ter fôlego para colocar em prática linhas de ação inovadoras, que sirvam de referência para a real transformação do mercado.


3. Como a internet pode contribuir e gerar benefícios para o segmento musical?

Servindo de canal de expressão e negociação (e-business) para os agentes da cadeia produtiva da música. Fazendo valer as teorias sobre descentralização e colaborativismo. Usada como apoio para ações, digamos, mais tradicionais. Permitindo a fácil integração dos mais diversos agentes desta área. Estando mais aberta a quem quer atuar no mundo virtual, com ferramentas mais baratas ou que possam, mesmo sendo caras, serem usadas por quem tem projetos a serem executados.

4. Se você tivesse 1 milhão de reais para aquecer a cadeia produtiva da música do Estado do Rio de Janeiro, onde você investiria?

Nos projetos de integrantes da Rede Rio Música, contemplando basicamente as seguintes linhas: comunicação, marketing, circulação/distribuição, capacitação, criação/gerenciamento de espaços.

Unknown disse...

Concordo em 100% com as respostas do Adilson, acrescentando na pergunta 1 visibilidade para os artistas perante o público.

Gabriel Thomaz

Unknown disse...

Amigos, estou desenhando uma proposta para investimento de algumas entidades na música do Estado do Rio e, para que este projeto tenha o respaldo do público-alvo ao qual é destinado, preciso que vocês (músicos, produtores, compositores, intérpretes, jornalistas etc.) manifestem suas opiniões respondendo, no espaço para comentários, a quatro perguntinhas rápidas. Agradeço a colaboração de todos e peço para que vocês chamem outros interessados para virem aqui dar suas contribuições até a manhã de sexta-feira.

Perguntas:


1. O que falta aos músicos, produtores e demais profissionais do segmento musical para exercerem sua atividade e serem remunerados por isso?

Uma regulamentação mais abrangente dessas profissões.


2. Na sua opinião, quais ações podem gerar sustentabilidade para a atividade profissional no segmento musical?

A RRM aparece como uma luz no fim do túnel nesse sentido.
Todas as ações que a RRM pretende realizar são de fundamental importância para o desenvolvimento do nosso ramo.

3. Como a internet pode contribuir e gerar benefícios para o segmento musical?

A internet hoje é fundamental não só para o nosso segmento, mas para todos.

Eu mesmo posso dizer que, se não fosse a internet, muitos contatos, shows e eventos dos quais o BLEFFE participou não teriam acontecido pra nós.


4. Se você tivesse 1 milhão de reais para aquecer a cadeia produtiva da música do Estado do Rio de Janeiro, onde você investiria?

Nas bandas independentes, que movimentam cada vez mais público (fator de lucro), e agregam e empregam pessoas de toda a cadeia produtiva da música (fator que colocaria meu nome/marca em destaque como fomentador da referida cadeia).

Anônimo disse...

joão bernardo

1- Informação é o que mais falta para a classe dos músicos. Também falta encarar a profissão com a mesma seriedade que existe em outras profissões.
2 - O melhor exemplo de uma ação eficaz é o que faz a rede RRM, onde se busca saídas, possibilidades. Falta mais iniciativas como essa. Também falta chamar a atenção do poder público, para que aja um maior investimento no setor.
3- Acabei de ler um livro chamado Cauda Longa, que faz um desenho geral da nova realidade da música - realidade digital. Propõe e explica vários caminhos que a música está tomando. É um livro maravilhoso para ser discutido.
4- Eu investiria na feitura de centros culturais, onde haveria espaço para o artista que está fora da mídia possa mostrar o seu trabalho

Anônimo disse...

Sou blogueira e música.

1-Um grande Q.I. Infelismente, ninguém consegue sobreviver somente de música aqui no Brasil sem um forte esquema de marketing por trás.Uma banda não pode sobreviver apenas de garagem, sabemos muito bem disso.Não deveria ser assim.Deveria ser mais democrático.Mas infelizmente, há ainda de melhorar muito isso.

2-Algo como a RRM.Uma rede,ong, que seja pra reunir todos do segmento musical e que ajude a todos.COmo se fosse uma maçonária, sabe?Todo mundo ajuda a todo mundo.

3-Usando blogs para divulgação, usanod o myspac,e orkut, facebook, flirck e qualquer tipo dessas coisas.Na internet, tudo flui mto rapido.

4-Pegaria um galpão abandonado e investiria tudo nakele galpão pra virar uma especie d ecirco voador.Uma casa de shows alternativa, d epreferencia,na baixada.

Silvio Gonzalez disse...

1.Músicos -> Entenderem que estão exercendo uma profissão e não apenas uma diversão e que definitivamente é inconstitucional que paguem para exercer sua arte.
Produtores -> Se profissionalizar e não achar que somente estar por trás da banda o torna produtor.

No geral todos os profissionais do meio deveriam entender que isso é mais uma forma de renda e já está na hora de formarmos "novamente" uma cena musical underground no rio.

2.Com um simples ex: Quando voce vai em um show de rock hj no rio (aonde as bandas venderam ingressos) o que vc la sao um bando de bandas que estao ali pq pagaram, logo, ninguem se importou com a qualidade do som das mesmas, entao vc vai ver a banda do seu amigo que te chamou e nao se interessa por mais nenhuma na noite, isso faz com que vc nunca mais volte la pq vc so viu banda tocando. Tornando isso pro modo correto, as bandas sao ouvidas pela casa antes de serem chamadas, e alem de vc ir ver seu amigo ganhando um trocado pra fazer uma noite feliz para o publico, vc pode se interessar por outras bandas, fazendo com que exista publico para aquela outra banda em uma outra ocasiao, isso faria com que as bandas realmente boas ganhassem publico e subissem MUITO de produção, até pq quando essas bandas boas tocam no tipo de evento de venda de ingressos o pub nao da a minima pq ja pensa que sera horrivel etc... logo aquela banda nunca tera publico alem de seus amigos.

3. Divulgação, divulgação e, novamente, divulgação.

4.Criaria uma casa de shows aonde eu divulgaria tanto quanto um evento desses que vemos por ae como FLORENÇA e outros como o do nosso grande somador EMILSON que trabalha com o Metal no mackenzie e em varios outros lugares, mas no meu evento so tocariam bandas que seriam ouvidas antes e seriam escolhidas previamente pela qualidade do som que fazem independente do estilo, casas de shows assim só nao existem no rj, em SP RS SC existem milhoes dessas casas que estao ganhando todo o dinheiro que os produtores do RJ nao estao querendo ganhar pois acham que vender ingressos e receber seus 400/500 reais por fds é muito mais do que encher um lugar com capacidade media para 400 pessoas cobrando R$5/8 de entrada e enchendo dois dias do fds ou tres e nao so no domingo como sao os eventos aqui no RJ.


Um abraço, espero ter colaborado de alguma forma!
Silvio Gonzalez
Banda Rox

Anônimo disse...

Para o segmento musical funcionar de forma mais efetiva deve haver uma mudança que vai desde a postura dos músicos e bandas, casas de show, mídia e produtores. Como já dito em comentários anteriores, existe uma grande nescessidade de conscientização de que ser músico e ter uma banda (ou várias) é sim um trabalho, uma atividade como outras demais, onde quem exerce tem que reconhecer seu próprio valor e consequentemente produtores de eventos e a sociedade como um todo também. A falta de espaços de médio porte para apresentações é um grande problema, assim como a carência de emissoras de rádio ou de tv que não tenham a programação estritamente moldada por gravadoras... a internet é uma alternativa para a divulgação, mas ainda é um tipo de mídia muito "pulverizado". Se eu fosse investir para aquecer a produção musical no Rio de Janeiro, abriria um espaço de médio porte com qualidade em algum lugar estretégico no estilo Circo Voador... porém sem ter a agenda controlada por Ambevs, Gravadoras, Emissoras de tv, etc, ou seja, com um política mais democrática em relação à programação, e procuraria uma parceria com uma rádio para uma divulgação permanente eficiente desses eventos.